Roger Ebert

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Apesar das opiniões em contrário, acho a figura do crítico indispensável. Assim, penso que deveria haver mais desses intrépidos pensadores nas revistas, nos jornais e nas tevês.

Mas normalmente as pessoas discordam dessa ideia. Isso porque, pesa sobre a figura do crítico a incômoda tarefa de dizer, às vezes, coisas que nem sempre agradam.

E, como todos sabem, mas fingem não saber, vivemos num mundo em que as pessoas, não toleram muito bem as opiniões discordantes.

Essa, porém é uma maneira defensiva de ver a crítica que não deixa o leitor/espectador, perceber que há qualidades na crítica que a torna relevante.

Uma delas é a sua capacidade de aguçar no leitor/espectador os aspectos mais secretos de uma obra que o olhar distraído deixou escapar.

Um gênio nesse ofício foi o americano Roger Ebert, que morreu há três anos. Durante mais de quatro décadas ele exerceu de forma ininterrupta no jornal e na tevê a tarefa de crítico de cinema.

Fez isso movido pela devoção à arte que o maravilhou nos anos de juventude e pelo deslumbre de sentia, naquele instante em que se sentava num banco de uma sala de cinema, com centenas de desconhecidos, que estava aprendendo uma forma de se conectar e simpatizar com outras pessoas, através dos desejos, dos sonhos e dos medos, de todos aqueles personagens que desfilavam diante de seus olhos.

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