Nos jardins de Garduño

Foto: Flor Garduño.

Encantam-me os trabalhos da fotógrafa mexicana Flor Garduño. Tenho um dos seus livros de fotografia bem à vista na minha estante. Ele está lá onde à mão pode alcança-lo com um simples esticar de braços. Tanta devoção se deve ao fato de que essa obra, que não canso de gastar os olhos, me põe, constantemente, a pensar, como são belas as coisas do mundo. Especialmente o feminino nelas.

No livro FLOR (é este o título da obra, homônimo da autora) podemos ver mulheres desnudas: cercadas, enfronhadas, carregando ou embrulhadas por flores. Tomadas apressadas as imagens poderiam dizer pouco. Porém, se pararmos para pensar que, a arte é um veículo que nos solicita a ultrapassagem dos significados imediatos para alcançarmos outros, as flores podem então, serem tomadas, por uma mensagem simbólica, que nos remete a beleza feminina e ainda, pelo fato de murcharem depressa, também podem sugerir a inconstância e efemeridade da vida.

Tenho ou não razões de apreciar o trabalho dessa mexicana?

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