Regozijar-se com meras sombras de verdades

Foto: Cartier-Bresson

Estive há pouco peregrinando por uma sítio em que jovens escrevem de tudo um pouco, música, cinema, literatura e outros standard culturais. Até aí não há nada demais nisso. Uma massa de veículos democratizou os canais de comunicação e desde então estamos todos externando opiniões como se de repente descobríssemos com incontinência verbal. 

O curioso é que essa pretensa liberdade de expressão, garantida pela massificação dos meios de comunicação, não foi capaz de estimular alguns jovens a enxergar o mundo além das focinheiras da Indústria Cultural. Por todo site o que vi foi a celebração do mundinho bovino das pretensões artísticas de pseudo-estrelas hollywoodianas, cujo único talento é servir de produto descartável a uma indústria. 

Claramente o mundo desses adolescentes lembra aquele dos simiescos homens encarcerados de Platão, cuja visão do mundo era aquela apenas refletiva nas paredes das cavernas que habitavam, regozijando-se com meras sombras de verdades.

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