O capitalismo não poupa ninguém

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Já não vai longe, pois nem tanto tempo se passou assim, em que todas as nações Ocidentais sonharam um dia em ser como a Grécia. Em tudo se invejava o país de Sócrates, Platão e Aristóteles. Da arquitetura monumental, passando pelas artes até chegar aos ideais de beleza. Os gregos construíram um ponto de viragem na civilização, que de tão vigoroso, pavimentou, os caminhos que abriram um novo mundo. Ninguém lhes ousava ultrapassa os feitos. Sabia-se de antemão a tarefa inglória que seria essa empresa. Às nações mais prosperaras comprazia-se com a imitação, deixando bem evidente, é claro, as fontes onde buscaram inspiração para tudo o que iam construindo a sua volta.  Não se temia o decalque. Nesse caso ele era, não só tolerado, como ainda representava um sinal de status. Poder imitar a Grécia era uma glória. Quem reproduzisse os modelos gregos de civilidade já eram bastante civilizados. Hoje, no entanto, a Grécia vive outra situação, bem menos invejável. Afundada numa crise financeira que parece não ter fim, todas as nações evitam comparações temendo o contágio das más notícias que projetam para os próximos anos um panorama trágico para nação que inventou a “tragédia”. O que os bárbaros não foram capazes de destruir em anos de tentativas frustradas contra a Grécia o Capitalismo não poupou.