... END THE OSCAR GOES TO

Daqui a poucas horas teremos a octogésima edição do Oscar. Essa premiação que chama tanto a atenção do mundo tem razões que muitas vezes nos escapam. Assim, não é de se admirar que obras de qualidade duvidosa abocanhem inúmeras estatuetas. Enquanto outras com largar contribuição ao cinema, e reconhecimento da crítica especializada, saia mal na cerimônia. Podemos evocar muitos exemplos que se prestam a compreensão do que digo. Em quase sessenta anos de cinema Alfred Hitchcock criou um gênero, a saber, o suspense, e inúmeros tipos que ajudaram a impulsionar o cinema no mundo. Sobre suas obras Truffaut em livro memorável, disse: “seus filmes, realizados com um cuidado extraordinário, uma paixão exclusiva, uma emotividade extrema disfarçada por um domínio técnico raro..., desafiam o desgaste do tempo, e confirmam a imagem de Jean Cocteau ao falar de Poust: ´sua obra continuava a viver como os relógios no pulso dos soldados mortos´”. No entanto, todas as inovações e reconhecimento não foram suficientes à academia, que o indicou seis fezes ao prêmio de melhor diretor, mas só lhe deu o prêmio de consolação pelo conjunto da obra em 1968. A esse gigante ignorado completam a lista nomes como Stanley Kubrick, Fred Astaire, Orson Welles que dirigiu e atuou em seu primeiro filme Cidadão Kane (1941) apontado por nove de cada dez críticos, como o melhor filme feito até hoje, isso tudo com 24 anos de idade, ainda ficaram de fora da premiação, Federico Fellini que só ganhou o honorário; Charles Chaplin, Greta Garbo... Parece que os holofotes de Hollywood são miopias. Enxergam apenas cifrões.


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